Saturday, May 19, 2007

Atenção leitores! O caso que segue é a situação que mais ri na vida e aconteceu no final de 1999:

Quando tal modelo ficou comum, papai adquiriu um par de óculos multifocal, passando a enxergar bem melhor. Enxergando, inclusive, coisas que não devia.

Ele havia acabado de me pegar no cursinho Soma e já tinha pego o Rafa no St. Dorotéia e íamos todos p/ casa para almoçar, como habitualmente fazíamos. No sinal da Av. Augusto de Lima, prestes a virar o carro na rua da Bahia, papai olhava p/ a paisagem urbana ao redor do veículo, maravilhado com as coisas que ele agora podia enxergar de óculos.

"Tá vendo aquele letreiro ali?!" perguntava papai, se referindo a alguma coisa escrita num ônibus.
"Sim..." respondemos mal humorados
"Eu consigo ler. Que maravilha!"
"Tá vendo aquilo ali? Vocês enxergam?" e continuava ele perguntando maravilhado.

Percebendo que eu e meu irmão estávamos de saco-cheio, já com aquele mal humor de fome, papai nos pregou a seguinte peça. Ele continuou sua viagem visual girando sua cabeça vagarosamente para direita, exclamando como era bom ver os detalhes das coisas. Quando meu irmão, que estava no banco da frente, entrou no campo visual dele, papai fingiu assustar-se com a cara do Rafa vista através dos óculos pulando p/ o lado oposto no banco do carro.

Eu ri prá caralho! Durante minutos, da barriga doer de tanto rir! Foi muito engraçado!

Friday, May 11, 2007

Lá pelos idos de 1991, após muita insistência de minha mãe, meu pai contratou um advogado para adicionar o sobrenome do meu avô materno ao meu nome e de meus irmãos.

A explicação para isto de alguma maneira está relacionada com a psicanálise...

Então, era comum eu escutar minha mãe falar diversas vezes:
"Cesar! Você ligou para o Lúcio para olhar a mudança do nome das crianças??"
"Cesar! Você já ligou p/ o Lúcio?".
Mas o processo nunca saia do lugar.

Segundo o advogado, Lúcio, o papai até ligava, inclusive falavam quase 2 horas no telefone a cada ligação. O advogado explicava que já havia feito a petição e etc, mas precisava das certidões de nascimento. Papai parecia nunca entender, pois não enviava nossas certidões de nascimento.

Ontem, conheci por acaso esse advogado que tentou tocar esse processo maluco. Ele contou alguns casos do papai. Não lembrou onde se conheceram, mas comentou que antes de conhecer o casal "Cesar e Nivalda", eles eram uma espécie de lenda, pois vários amigos em comum os exaltavam, dizendo coisas do tipo: "Vocês tem que conhecer o Cesar e a Nivalda". Um casal em chamas.

Sunday, May 06, 2007

Certa vez, virou moda no Brasil a venda de quadros com brasões de famílias de origens portuguesas e espanholas. Esses quadros bordados e/ou impressos ficavam expostos em diversos lugares de BH.

Numa dessas exposições no BH Shopping, papai tirou um papel da pasta e muito interessado começou a fazer um croqui do brasão da família Pereira. Logo veio uma pessoa da empresa dizendo que ele não poderia copiar o brasão por causa de direitos autorais e tal...

Papai indignou-se na hora (como usual) e falou: "Meu amigo: eu é que vou te processar!" "Você está aqui, ganhando dinheiro indevidamente com o brasão da minha família!!".

O cara tentou contra-argumentar, mas não conseguiu diante da indignação de papai. Logo, ele acabou se recolhendo...