Thursday, November 16, 2006

Um amigo do papai que também trabalha na Cemig, hoje me contou o seguinte caso:

Lá pelos idos de 2002 ele fez um monte de reclamações da Cemig para o papai, que respondeu impulsivamente: "Eu vou comentar tudo isto com o Aluísio Vasconcelos" (na época diretor, hoje presidente da Eletrobrás) como se as coisas pudessem ser revertidas de alguma maneira.

O amigo já sabia do extenso ciclo de relacionamentos do papai, mas mesmo assim ficou meio cabreiro: "Desde que não fale meu nome! Se eu chamasse José, tudo bem!... Mas R(...)" (Este amigo não tem nenhum homônimo na Cemig).

Saturday, November 04, 2006

Em 2001(acho), eu, papai e a Chel fomos a Juiz de Fora para o casamento do Paulo Cobucci e da Iole. Tudo foi ótimo.

Na volta, a estrada estava em reformas e em péssimas condições. Um caminhão dirigia de forma ameaçadora, várias vezes forçando a barra para ultrapassar o Escort na pista única. A situação lembrava um pouco aquele filme do Spielberg, "O Encurraldo". Quando papai ganhava distância do caminhão, o motorista alucinado soltava os freios na próxima descida, sendo necessário freiar o mesmo em cima do Escort.

Após conseguir distanciar bastante, papai resolveu parar no primeiro posto de polícia rodoviária para denunciar o motorista do caminhão.

"Seu pai está 'meio' nervoso. Tentem acalmá-lo" Disse um dos policiais.

Após o policial sair de perto, minha irmã falou: "Mal sabe ele, que ele é sempre assim..."

Eu achei graça. O jeito agitado do papai sempre sempre conquistava as pessoas.

Os policiais falaram que parariam o caminhão. Sem querer, ainda muito agitado, papai desafiou a autoridade deles:
"O motorista não vai parar!" "Ele não vai respeitar vocês!!"
"Eu quero só ver!" Disse o policial batendo na coronha da escopeta que estava apontada para o chão.
Quando havia festa das Rosas em Barbacena, minha irmã costumava levar algumas amigas de BH para lá. Numa dessas exposições, ela acabou não avisando uma amiga, porque a casa estaria cheia.

A amiga, chateada com a situação, convenceu a mãe à levá-la à Barbacena de carro já que não havia mais passagem de ônibus. Meu pai, também tocado pela situação se ofereceu p/ levar a amiga e a mãe a Barbacena. (Minha irmã deu um xilique, pelo o inusitado, quando soube pelo celular que eles já estavam a caminho!!!)

Seguem agora algumas reflexões:
- Realmente, papai tinha a típica personalidade sanguínea. Aquela pessoa para quem não existe tempo ruim. Convenhamos, ir de BH a Barbacena e voltar, tudo isto a noite, num carro velho, já numa época de grana curta: no mínimo, assusta as pessoas ditas normais.
- Fica ai o exemplo, não sei bem qual. Mas é mais uma história.
Um dos episódios mais marcantes da vida do meu pai, foi uma conversão súbita para a religião crente, logo após a falência da firma. (Não vou divagar sobre isto agora, mas é aquela história: até quem já é louco, pode ficar mais um pouco.)

Pois então, nesta época ele encontrou o Savinho (que encontrei ontem "por acaso" na Travessa) que me contou este caso:

O Savinho não estava acreditando que papai tinha virado crente. Até que no meio da pregação papai falou:
"Você já foi na missa das 10 da igreja do Carmo??"
"Não..." responde o Savinho.
"Pois então! Tem cada Mulher lá, que vc precisa ver!!"
Neste momento, o Savinho me disse ter rido muito e pensado: "Ah! Este é o Cesar que eu conheço".