Quando a firma de engenharia do papai estava falindo, o Escort L 1.6,
único veículo da família, foi transferido para o nome da minha avó.
No
entanto, como papai e mamãe eram dois descontrolados, em pouco tempo
eles levaram uma quantidade enorme de multas de trânsito em BH. As multas
não foram pagas e o carro ficou em situação irregular. O pior, é que as
multas chegavam em Barbacena, no nome da minha avó, que ficou com razão
muito aborrecida com o ocorrido.
Certa vez, meu primo Marcelo ia
saindo da casa "davó". Antes de entrar no fusquinha do seu pai, um carro
da polícia passou na porta, onde o Escort estava parado e os policiais
fizeram-lhe várias perguntas sobre o dono do veículo.
Não sabendo
do que se tratava, ele resolveu voltar e comentar o ocorrido para o
papai. Ato contínuo, perguntamos o que mais tinha
ocorrido. Ele então falou:
"Agora, eu tô é esperando um tempo para a polícia ir embora, porque, como vocês sabem, eu não tenho carteira de motorista." E deu aquela gargalhada...