Recentemente estive de férias e pedi a um vizinho um convite para o clube que eramos sócios no passado (época em que a família era estruturada). O retorno ao clube foi um retorno à infância. Nesse dia me lembrei do seguinte caso:
No início da década de 90, o bar do clube passou a adotar fichas plásticas coloridas que se juntavam umas às outras formando uma corrente. Essas fichas representavam as moedas e notas dos mais variados valores: $0,01; $0,05; $0,10; $0,50 e assim por diante.
No entanto, como existia uma grande inflação na época, as fichas de menor valor logo caiam em desuso (semelhante as moedas de R$0,01 hoje), até que passados alguns meses, retornavam com o valor da ficha mais alta.
Com uns 10 anos de idade eu percebi isso na primeira rodada. Assim passei de mesa em mesa do clube, pedindo para trocar minhas fichas de $0,10; $0,50; $1,00 por várias fichas de $0,05.
Numa conversa no balcão do bar, meu pai criticou o sistema com um amigo que replicou:
"Cesar, você tem que esperar as fichas rodarem dessa forma você ganhará algum dinheiro".
Papai acho que não entendeu o negócio e eu intervi na conversa dizendo que já tinha várias fichas antigas à espera da valorização. O amigo então disse:
"Olha só Cesar! O seu filho tá mais esperto que você."
Ele ficou P. da vida. Depois quando comentei o assunto no carro, ele foi irônico (mas sempre numa boa) e respondeu:
"É... eu vou investir todo o dinheiro da família em fichas de bar do clube..."
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