Papai tinha um Dodge Polara automático branco, o "Doginho". Carro que rodou mais de 300.000km com a gente. Eeu me lembro do dia que o velocímetro mudou na curva do Ponteio (que na época não passava de uma boate). Meu pai super-empolgado, chamava a minha atenção para o fato. Eu devia ter uns 5 anos e estava no banco de trás, números não me interessavam tanto na época.
Papai chegou até mandar refazer todo o estofado de tanto gostar do carro. Depois dele ser vendido, uns anos mais tarde, vimos um Doginho branco estacionado em frente o colégio Promove Serra: era ele! Papai ainda lembrava do número da placa! Mas não chegamos a ver o dono...
Outro dia vi um Doginho vermelho na rua e achei um carro bem pequeno. Fico imaginando o foguete que devia ser, já que o motor era 2.2. Outros tempos estes, de gasolina barata...
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Lembro me de pelo menos outros 2 casos relacionados com o Doginho:
1. Quando éramos pequenos, nosso maior diversão era irmos almoçar no Dragon Palace na Av. do Contorno, porque existia na entrada uma escada de mármore branco cujo pára-peito era muito largo e as crianças viviam escorregando nele. Hoje, o atual Dragon Center teve sua escada de entrada reformada, não possuindo mais esse escorregador. Na certa, alguma crinaça de menor destreza se esborrachou por lá.
Uma vez que num almoço de domingo papai conseguiu trancar a chave dentro do Doginho em frente ao restaurante. Na época, tinha uma fila de clientes na porta e um deles tinha um Dodge verde e tentamos a chave dele que não funcionou. Por fim, acabou que papai conseguiu ceder um pouco o vidro da frente com mãos, o suficiente para levar um arame arranjado com um olhador de carro e pescar a chave no banco do carro!!
2. Uma vez, nós fomos passear no retiro das pedras. Lá o papai teve que retirar o banco traseiro do carro e socá-lo no chão, pois o mesmo estava infestado de baratas. A origem das baratas reside no fato de que eu e minha irmã, comiámos bastantes biscoitos, cujos farelos acabavam por acumular no banco de trás.
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