/>Enviada em: sábado, 18 de agosto de 2007 19:50
Para: EZEQUIEL CAMPOS PEREIRA Assunto: Re: enquanto descansamos, carregamos pedras
Entrei no Blog e dei umas boas risadas e cheguei a ficar com o coração apertado, pois bateu uma saudade muito grande do seu pai. Vou lembrando alguma coisa e vou te passando.
Trabalhamos com o Cesar (meu Mestre na arte de projetar) e estávamos uma vez todos reunidos e o telefone tocou e era um cliente novo indicado por algum amigo. E a conversa esticou com o futuro cliente e o Cesar tentava mostrar que nós eramos os melhores de Belo Horizonte e não faltavam adjetivos para falar de nossa empresa, e ele descrevia tudo o que o escritório seria capaz de fazer e, a certa altura, como desfecho final, ele falou: "Olha!... Nós somos especializados em resolver qualquer tipo de negócio" tivemos que sair da sala porque riamos de cair no chão e isso virou folclore e até hoje eu, Mário, Paulo Bedê e Alcino sempre, quando nos encontramos, lembramos esse fato que foi um dos melhores que já presenciamos.
Outra. Eu trabalhava com o Cesar já há uns dois anos e recebia por serviço e não havia salário. Ele tinha uma caderneta e ia anotando, e a minha foi acumulando e, a certa altura, ele me propôs vender o seu "fusquinha branco" e eu poderia pagar com os serviços de projeto. Um dia chegou o valor e eu fui buscar o fusquinha e minha emoção era muito grande, pois era o meu primeiro carro. O Cesar fez um discurso, falou sobre o carro, os bons momentos que passou com ele e mil recomendações que, claro... Não me lembro mais.
Passado uns meses, um dia ele me perguntou: "Rony quando você vai me devolver o carro?"
Eu falei: "Uai, Cesar! Eu comprei ele de você?!"
Ele respondeu: "Foi mesmo... eu achei que era um empréstimo!"
Fiquei sinceramente com pena dele, pois ela gostava muito do carro e fiquei anos com o fusquinha branco e às vezes dava vontade de devolvê-lo, mas os tempos eram difíceis e nunca consegui. Abraços, Rony
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