Segue uma contribuição do Eng. Rony, amigo do papai, para o blog:
-----Mensagem original-----
De: ronyrh@efata.com.br [mailto:ronyrh@efata.com.br]
Enviada em: sábado, 18 de agosto de 2007 19:50
Para: EZEQUIEL
Assunto: Re: enquanto descansamos, carregamos pedras
Entrei no Blog e dei umas boas risadas e cheguei a ficar com o coração apertado pois bateu uma saudade muito grande do seu pai.
Vou lembrando alguma coisa e vou te passando.
Trabalhávamos com o Cesar (meu Mestre na arte de projetar) e estávamos uma vez todos reunidos e o telefone tocou e era um cliente novo indicado por algum amigo.
E a conversa esticou com o futuro cliente e o Cesar tentava mostrar que nós éramos os melhores de Belo Horizonte e não faltavam adjetivos para para falar de nossa empresa e ele descrevia tudo o que o escritório seria capaz de fazer e a certa altura, como desfecho final ele falou: "Olha! ... nós somos especializados em resolver qualquer tipo negócio".
Tivemos que sair da sala porque ríamos de cair no chão e isso virou folclore e até hoje eu, Mário, Paulo Bedê e Alcino sempre quando nos encontramos lembramos esse fato que foi um dos melhores que já presenciamos.
Outra
Eu trabalhava com o Cesar já a uns dois anos e recebia por serviço e não havia salário. Ele tinha uma caderneta e ia anotando e a minha foi acumulando e a certa altura ele me propôs vender o seu "fusquinha branco" e eu poderia pagar com os serviços de projeto.
Um dia chegou o valor e eu fui buscar o fusquinha e minha emoção era muito grande, pois era o meu primeiro carro. O Cesar fez um discurso, falou sobre o carro, os bons momentos que passou com ele e mil recomendações que, claro ... não em lembro mais.
Passado uns meses um dia ele me perguntou: "Rony, quando você vai me devolver o carro?"
Eu falei: "Uai Cesar! eu comprei ele de você!"
Ele respondeu: "Foi mesmo?" "Eu achei que era um empréstimo..."
Fiquei sinceramente com pena dele, pois ela gostava muito do carro e fiquei anos com o fusquinha branco e às vezes dava vontade devolvê-lo, mas os tempos eram difíceis e nunca consegui.
Abraços,
Rony
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